15,5 milhões por ter sido "esquecido" 22 meses na solitária
O caso ocorreu na prisão de Dona Ana, no Novo México. Slevin, de 59 anos, foi de tal forma negligenciado que foi obrigado a arrancar o próprio dente, porque não foi autorizado a ver um dentista. Além disso, as suas unhas dos pés cresceram tanto que encaracolavam à volta dos pés e a sua pele estava cheia de fungos, porque não tinha acesso aos duches.
Em janeiro de 2012, a prisão foi condenada ao pagamento de uma indemnização de 22 milhões de euros. Agora, o valor foi revisto em baixa, para os 15,5 milhões, mas não deixa de ser uma das maiores indemnizações alguma vez pagas a um antigo preso nos EUA.
Segundo contou o advogado de Slevin à NBC News, os problemas começaram logo com a detenção, em agosto de 2005. Slevin foi detido por conduzir um carro roubado sob influência do álcool. Contudo, o carro tinha-lhe sido emprestado por um amigo.
Slevin estava deprimido na altura, explicou Matt Coyte, e os guardas pensaram que tinha tendências suicidas. Por isso, puseram-no numa cela especial durante três dias, sem providenciar qualquer tratamento. Ao final desse tempo, foi posto em solitária sem explicação. Apesar de os presos nesta situação terem direito a uma hora por dia fora da cela, por vezes isso não acontecia com Slevin, que desenvolveu problemas psicológicos. Ao longo dos 22 meses, nunca viu um juiz.